A cada
margarida despedaçada, em busca de uma resposta para o bem-me-quer
ou mal-me-quer, iam-se caindo as pétalas ao chão junto com a
pergunta... Cada pétala contada, um destrato com a flor. Cada queda
da pétada ao chão, um fechar de olhos a petrificar o seu peito. Ao
ponto em que as pétalas transformavam-se em números de segundos
incontáveis, e as flores, números de horas desperdiçadas. Qual
seria, então, o sentido da pétala e da flor enquanto números?
Perguntando-se naquele dia, por quê o apresso por uma outra flor guardada e mucha dentro de um livro empoeirento na estante ao meio de tantos outros livros? Por quê, então, não havia mais cuidado de seu campo vasto afim de receber a gratidão das flores? Por quê o apresso pelos seus mortos em queda e nunca a resposta desejada? E a resposta, pois não seria tão somente a realização de uma afirmação ou de uma negação? Por quê tanta dificuldade em proferi-la? Bem-te-quis, Mal-te-quis... E libertaria assim todas as margaridas despedaçadas... Mas mais simplório foi afastar-se diante de tudo, do tempo que transcorria levando o seu sentido de querer, para ter como resposta a superfície de uma margarida costurada, quando já não era quase que por completo inócua, sem centro.
Perguntando-se naquele dia, por quê o apresso por uma outra flor guardada e mucha dentro de um livro empoeirento na estante ao meio de tantos outros livros? Por quê, então, não havia mais cuidado de seu campo vasto afim de receber a gratidão das flores? Por quê o apresso pelos seus mortos em queda e nunca a resposta desejada? E a resposta, pois não seria tão somente a realização de uma afirmação ou de uma negação? Por quê tanta dificuldade em proferi-la? Bem-te-quis, Mal-te-quis... E libertaria assim todas as margaridas despedaçadas... Mas mais simplório foi afastar-se diante de tudo, do tempo que transcorria levando o seu sentido de querer, para ter como resposta a superfície de uma margarida costurada, quando já não era quase que por completo inócua, sem centro.
O preço
que pagou por um beijo de lágrimas se encerrou no tempo inoportuno,
até que ele mesmo não consiguia mais obter de seu alimento vital.
Deixando de lado, mais uma vez, as pétalas costuradas. Por quê não
foi até elas, logo depois de alguma tomada de consciência, não
para reparar os emendos, mas para sanar o seu centro? O centro
sanado, que seria a gota de sal tocando a pele delicada, como na
primeira infância. Foi assim, então, que tomou do conhecimento da
queda das pétalas, depois de sua própria queda, com o tempo tomado
sem raparos, e de lá não mais saiu. Continuando a não se
desvencilhar de seu livro, daquele livro tão cheio de significados,
como forma única a resguardar o que foi perdido e que já não se
acharia mais. Suco ingrato, sumo ingrato, iludido nas perdas e nos
ganhos de suas guerras particulares. Suco derramado, sumo derramado,
para virar pó e cinza junto à terra, e sem sabermos do seu fim
acalentador sobre a terra, iludirmo-nos por mais uma aventura pelos
céus.
O único
resguardo de flor dentro de um livro como resultado de sua prisão
mesquinha, pois trabalhar sobre o solo, fazer vingar o pé de flor,
qualquer que fosse - afinal não importa qual flor seja, enquanto ela
por si só seja flor -, teria que vir unicamente pela perfeição
inalcançável e almejada, no momento de sua iniciação ao Amor.
Iniciação que, desencontrada na perda de sentido do querer, hoje é
só cinza e nó, e ainda assim, a desejar o Impossível. O impossível
de suas perguntas sem respostas e o impedimento de proferi-las às
perguntas das margaridas.
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